A palavra ópio em grego significa "suco", o qual é obtido realizando-se incisões na cápsula de uma planta quando ainda verde, denominada Papaver Somniferum, mais popularmente conhecida como papoula do Oriente, que é originária da Ásia Menor e cultivada na China, Irã, Índia, Líbano, Iugoslávia, Grécia, Turquia e sudoeste da Ásia. Desta mesma planta, também podem ser extraídas várias outras substâncias com propriedades farmacológicas.
O ópio é produzido à partir deste suco resinoso, que é um látex leitoso e coagulado, que depois de seco, torna-se uma pasta de cor acastanhada, e então é fervida para transformar-se em ópio, que por sua vez tem um cheiro típico e desagradável, manifestando-se potencialmente com o calor, de sabor acre e amargo.
Atualmente, o ópio é ilegal e considerado uma das substâncias mais viciantes que existem, no entanto possui propriedades anestésicas, e por milhares de anos foi utilizado como sedativo e tranquilizante, e também ministrado como remédio para diarréia, gota, diabetes, disenteria, tétano, insanidade e ninfomania.
Do ópio também pode-se obter opiáceos naturais , como a morfina (alcalóide com efeito narcótico), e a codeína, e os opiáceos semi-sintéticos, onde temos como exemplo a heroína. Ainda temos as substâncias totalmente sintéticas, isto é fabricadas em laboratório que denominam-se opióides, que são narcóticos ou hipnoanalgésicos, ou seja, tem efeito analgésico e hipnótico (dão sono), utilizados sob prescrição médica como medicamentos, em casos extremos sem que se tenham outras opções.
De um modo geral. todos os opiáceos e opióides são depressores do SNC (Sistema Nervoso Central), ou seja, diminuem o seu funcionamento, produzindo uma hipnose e uma analgesia, mas, estão diretamente relacionados às doses administradas, pois quando utilizadas em doses maiores que a terapêutica poderão deprimir algumas outras regiões cerebrais, como por exemplo, a freqüência cardíaca, a respiração, pressão sangüínea, etc.
Algumas dessas drogas tem efeito farmacológico, quando administradas corretamente, e sob prescrição médica, como é o caso da codeína, muito eficiente como anti-tussígeno (contra a tosse). No caso de uso de substâncias ilícitas ou sem indicação médica flagra-se o que chama-se de abuso, onde o indivíduo estará sujeito à ações indiscriminadas e imprevisíveis da droga.
No caso do ópio, quando utilizado, na forma de pó, cápsulas, comprimidos, ou chás seus efeitos , durarão aproximadamente de três à quatro horas e dependerão da quantidade de droga utilizada, da freqüência do uso e das condições físicas e psicológicas do usuário, podem ser agudos ou crônicos, porém, de um modo geral são os seguintes:
Físicos: vômitos, náuseas, ansiedade, tonturas, falta de ar, contração acentuada da pupila dos olhos, paralisia do estômago, prisão de ventre., palidez, perda de peso, membros pesados, queda da pressão arterial, alteração da freqüência cardíaca e respiratória, podendo chegar à cianose(cor azulada da pele), com o uso crônico poderá ocorrer intensificação de alguns sintomas, tais como: má digestão e prisão de ventre crônicas e problemas de visão devido à miose.
Psíquicos: o uso freqüente do ópio e à longo prazo diminui a atividade cerebral podendo causar: deterioração intelectual, irritabilidade crescente, apatia, mente letárgica, indisposição, declínio dos hábitos sociais, diminuição da capacidade de vigília (provoca o sono), alteram os centros da dor, causam depressão geral do cérebro ocasionando uma perda de contato com a realidade e mente obnubilada (sem rumo).
Overdose: quando ocorre um aumento nas dosagens, os efeitos poderão evoluir para casos de overdose, com sonolência descontrolada, coma e em casos mais graves, a morte por falha respiratória.
A overdose ainda poderá ocorrer por mistura da droga com álcool e barbitúricos.
Tolerância e dependência: a maioria das drogas inicialmente, parecem inofensivas, trazendo falsas sensações de bem-estar, relaxamento e tranqüilidade momentâneas, diminuição da ansiedade cotidiana, mudança de estados psíquicos, agitação e vivência de experiências e visões totalmente ilusórias. Após esse período, e com o uso freqüente, poderá desenvolver-se a tolerância (que é a busca de doses cada vez mais elevadas para um mesmo resultado). com possível dependência física e psíquica (trata-se de necessitar do entorpecente para sentir-se bem ou até mesmo para viver), que varia de acordo com a substância utilizada.
Igualmente à seus derivados, o ópio provoca no organismo, a tolerância e não pode-se prever o ponto em que o indivíduo torna-se grave dependente. Nesse caso, o usuário deixa de sentir o estupor causado pela droga, porém neste estágio já encontra-se totalmente aprisionado, de uma vez que, normalmente não deixa de consumi-la para escapar da inevitável e terrível síndrome de abstinência, que pode iniciar-se dentro de aproximadamente doze horas e estender-se de um à dez dias, incluindo: cólicas musculares e abdominais, lacrimejamento, dores cruéis, insônia, falta de apetite, inquietação, sudorese, arrepios, diarréias, tremores, instabilidade emocional com crises de choro, vômito,náuseas e vertigens. Além disso o o uso da droga não poderá ser descontinuado abruptamente, ficando o usuário neste caso, sujeito a sua morte.
![](http://2.bp.blogspot.com/-pt9Wv9WlUmA/Td5VuV3aUPI/AAAAAAAAEq0/sm88l6vfeNM/s200/05opio560.jpg)
De qualquer forma, havendo o desejo de descontinuar o seu uso este deverá ter acompanhamento médico com diminuição progressiva da dose de opiáceo com possível inclusão de medicamentos que auxiliam no abandono da droga.
História:
Os gregos chamaram opion, diminutivo de opós (suco vegetal), ao suco das papoilas, cujo poder hipnótico e euforizante os sumérios já conheciam há seis mil anos e chamavam a papoila planta da alegria. Este nome aparece documentado em latim por Plínio como opium, com o mesmo significado, no século I da nossa era.
Homero descreve na Odisseia os efeitos desta planta muito conhecida na Grécia clássica, ainda que seu uso, curiosamente, não tenha se estendido ao resto da Europa a partir dos gregos, mas sim dos árabes, que recolhiam o ópio no Egito, onde era usado amplamente na medicina, e o levavam para vendê-lo tanto no Oriente como no Ocidente; foram, assim, os primeiros narcotraficantes num tempo em que esta profissão era mais prestigiada mas que, em compensação, rendia menos lucros do que hoje.
Até o século XIX, a venda dessa droga era livre, pois estava cercada de uma aura de substância benéfica que aliviava dores e sofrimentos. Os adversários do filósofo comunista alemão Karl Marx (1818-1883) recordam com frequência que ele era um inimigo da religião com base numa suposta frase da sua autoria na qual afirmava que a religião era o ópio do povo. Na verdade, o fundador do comunismo quis dizer que a religião servia como alívio ilusório ao sofrimento dos pobres, como vemos na citação completa do seu texto: "A religião é o suspiro do oprimido, o coração de um mundo insensível, a alma de situações desalmadas. É o ópio do povo." (Karl Marx, Collected Papers, 1844).
Guerras do Ópio:
As Guerras do Ópio, ou Guerra Anglo-Chinesa foram conflitos armados ocorridos entre a Grã-Bretanha e a China. Com o fim das guerras napoleônicas, as atividades comerciais européias voltaram-se para o Extremo Oriente, traduzindo-se numa pressão constante sobre a China, que mantinha fortes restrições sobre o comércio com o estrangeiro. Cantão era o único porto aberto. Veio a representar o choque entre a China e o Ocidente durante as chamadas Guerras do Ópio.
![](http://3.bp.blogspot.com/-LirUVs0DXEE/Td5Uf3ES4LI/AAAAAAAAEqk/Zi1yigGr3mI/s200/Opium_smoking_1874.jpg)
A Índia e a China, países populosos da Ásia, despertavam grande atenção por parte da burguesia britânica. Só que, ao passo que o mercado indiano se encontrava aberto ao comércio, a China, produtora de seda, porcelana e chá itens que alcançavam bons preços no mercado europeu, entretanto, os chineses não mostravam interesse nos produtos europeus, o que acarretava escassos lucros ao comércio britânico.
Apenas um produto, em particular, parecia despertar o interesse dos chineses: o ópio, uma substância entorpecente, extraída da papoula que causa dependência química em seus usuários, introduzido fraudulentamente por comerciantes ingleses e norte-americanos. Produzido na Índia, e também em partes do Império Otomano no início do século XIX, os comerciantes britânicos traficavam-no ilegalmente para a China e muitas vezes forçavam os chineses a consumir as drogas provocando dependência, auferindo grandes lucros e aumentando o volume do comércio em geral.
Em 1830, os ingleses haviam obtido a exclusividade das operações comerciais no porto de Cantão. Exportador de seda, chá e porcelana, então em moda no continente europeu, a Inglaterra tinha uma grande dificuldade comercial em relação à China. Para compensar suas perdas economicas, a Grã-Bretanha vendia ópio indiano para o Império do Meio (China). O governo de Pequim resolveu proibir a transação da droga. Isso levou Londres a declarar guerra à China. Pois pretendia conservar este lucrativo comercio (nota: a balança comercial das trocas entre os dois paises era deficitaria a favor da Grã-Bretanha).
Filmes:
Título no Brasil: Ópio Diário de uma LoucaTítulo Original: Ópium: Egy elmebeteg nö naplója
País de Origem: Humgria / Alemanha / EUA
Gênero: Drama
Classificação etária: 14 anos
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento: 2007
Estúdio/Distrib.: California Filmes
Direção: János Szász
País de Origem: Humgria / Alemanha / EUA
Gênero: Drama
Classificação etária: 14 anos
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento: 2007
Estúdio/Distrib.: California Filmes
Direção: János Szász
No inicio do século XX, na Hungria, Josef Brenner, escritor e médico, trabalha em uma clínica psiquiátrica. Durante meses vem sofrendo um bloqueio mental na hora de escrever, é incapaz de escrever uma única linha e por causa disso viciou-se em morfina. Certo dia chega a clínica uma nova paciente, Gizella, de 28 anos, que ao contrário sempre está escrevendo, é fiel à sua agenda e não
deixa de escrever, mas é dominada pela obsessão de que um poder cruel e estranho a possui.
deixa de escrever, mas é dominada pela obsessão de que um poder cruel e estranho a possui.
Título: O Ópio Também É Uma Flor
Nome / Título original: The Poppy Is Also a Flower
Ano: 1966
Gênero(s) do filme: Drama, Mistério, Policial
País de Origem: França
Estúdio(s) de cinema: Telsun Foundation Inc.
Na tentativa de conter o comércio de heroína no Irã, um grupo de narcóticos agentes que trabalham para a ONU injetar uma substância radioativa em uma transferência de posse de ópio, na esperança de que ele vai levá-los para o distribuidor principal de heroína na Europa.Ao longo do caminho, eles encontram uma misteriosa mulher fazendo a sua própria investigação da operação de contrabando.Juntos, eles seguem a trilha que leva-los através dos becos e resorts de luxo da Europa.
Título: A Guerra do Ópio
Ano: 1997
Nome / Título original: Yapian zhanzheng
Gênero(s) do filme: Drama, Filme Histórico, Guerra
País de Origem: Japão
Prêmios do filme: 6 vitórias e 3 nomeações
Estúdio(s) de cinema: Emei Film Studio
Drama histórico a partir de 1839 em Guangzhou, onde os comerciantes britânicos lidar com ópio são para ser executada porque o ópio está a destruir o Império.Após a queima de 20 mil caixas de ópio pelos chineses Inglaterra declara guerra, porque o ópio queimadas foi a propriedade do adido comercial britânica que tinha comprado dos comerciantes britânicos.
Título: A Última Casa de Ópio
Nick Tosches é um americano bem-sucedido. Em passagem pelo Rio de Janeiro, este homem, de cerca de 60 anos, está hospedado em um hotel de luxo de Copacabana. Cansado de um mundo carente de aventuras, onde tudo já foi devidamente explorado e empacotado para o consumo, Tosches se encontra em uma busca pessoal por uma última aventura romântica. Sua meta: trilhar o caminho espiritual de alguns de seus heróis. Sua ferramenta: o ópio. O filme foi dirigido por Pedro Rossi, produzido por Isabel Joffily e conta com os atores David Rasche, Branca Messina e Jonathan Azevedo no elenco, tendo também a participação especial da cantora Orieta Castillo e do baterista Jahir Soares, como o personagem "Papa".
Ganhador do prêmio de produção de curtas da Riofilme.
No comments:
Post a Comment